Antes de 1720 a Maçonaria praticava apenas o Primeiro e o Segundo Graus. A lenda de Hiram, consolidada em torno de 1723, ajudou a estabelecer a Maçonaria especulativa, com provas de que em Londres, a partir de 1725, trabalhava-se nos três Graus. Há referência a um Grau do Arco Real na Inglaterra, datada de 1723, mas a primeira referência decisiva sobre o Grau do Arco Real surgiu na Irlanda em 1743.
Em 1751 foi fundada a Grande Loja dos Antigos, criticando a Grande Loja de Londres – a dos Modernos – por ter promovido uma alteração nos “Landmarks” e, em 1777, foi estabelecido em Londres o Grande Capítulo do Arco Real.
Em 1813 as duas Grandes Lojas rivais uniram-se, formando a Grande Loja Unida da Inglaterra, que tem sido a principal autoridade Maçônica da Inglaterra.
Com esta união, as duas correntes Maçônicas tradicionais, a dos Modernos e a dos Antigos, amalgamaram-se, estabelecendo uma base firme para todo o trabalho futuro. Para tal fim declarou-se que a pura e antiga Maçonaria consiste de três Graus, a saber: “Grau de Aprendiz, de Companheiro e de Mestre Maçom, incluindo a Ordem Suprema do Sagrado Arco Real”.
A tradição Maçônica sedimentou esta decisão sensata, cuja natureza tem sido mantida até hoje pela Maçonaria regular mundial.
O Arco Real não é um Grau extra, mas uma Ordem, e por esta razão uma parte essencial de toda a Maçonaria. Devido ao grande campo de interesse e teor de trabalho instrutivo, o Arco Real é um rico campo para aqueles que gostam e compreendem este belo Ritual Simbólico.
O corpo principal da Maçonaria do Arco Real é baseado em dois relatos separados: 1º) o Bíblico, onde se descreve o retorno do povo judeu da Babilônia em 538 a.C. e a construção do segundo Templo em 537 a.C.; 2º) numa antiga lenda surgida durante a construção do quarto Templo, por volta do ano 400 d.C., que descreve a descoberta de uma Cripta, de um Altar e de uma Palavra Sagrada.
Em 08 de julho de 1989, o “Grande Chapitre de L’Arche Royale Pour La France” consagrou e concedeu Carta Constitutiva ao “Supremo Gran Capítulo de España de Los Masones del Santo Real Arco de Jerusalén”. Este, por seu Grande Primeiro Principal, Soberano Sumo Sacerdote, Exmo. Companheiro Tomás Sarobe Piñero, Grão-mestre da Gran Logia de España, a requerimento do Sereníssimo Grão-mestre da Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo, conferiu Carta Constitutiva e consagrou o Supremo Grande Capítulo dos Maçons da Ordem do Santo Real Arco de Jerusalém do Estado de São Paulo em 16 de novembro de 1999, na cidade de São Paulo, o primeiro em território nacional.
Desde então, os Grão-mestres da Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo vêm sendo investidos como Grande Primeiro Principal e Soberano Sumo Sacerdote, conforme Constituição.
Em 2024, visando adequar a nomenclatura da instituição a fim de dirimir dúvidas quanto à identificação como uma ritualística da linha inglesa, passamos a nos referenciar como Supremo Grande Capítulo do Sagrado Arco Real do Estado de São Paulo, mantendo toda a estrutura administrativa e ritualística adotados desde a consagração no ano de 1.999, compatibilizando com a nomenclatura adotada na Inglaterra.
O Supremo Grande Capítulo dos Maçons da Ordem do Santo Real Arco de Jerusalém do Estado de São Paulo, em face de sua regularidade e do empenho das suas administrações, obteve significativo crescimento na quantidade de Capítulos e de membros.
O destaque obtido por nossa Ordem despertou o interesse por parte de outras Grandes Lojas brasileiras, que manifestaram intenção de também possuírem seus próprios Supremos Grandes Capítulos.
Desta forma, nosso Supremo Grande Capítulo houve por bem atender às solicitações feitas e, em momentos distintos, outorgou Cartas Patentes Constitutivas para os Supremos Grandes Capítulos das seguintes Grandes Lojas:
